domingo, 30 de dezembro de 2007

é um blog muito bom sim senhora



Recebi este prémio através do Diogo http://omeunada.blogspot.com. que agradeço

Vou fugir ás regras impostas e não nomearei ninguem desta vez ficando os mesmos nomeados pelo prémio anterior.

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Dizem que até não é Um mau blog

Recebi este prémio através do Diogo do blog http://omeunada.blogspot.com/o que desde já agradeço.


A tarefa é a seguinte:


1ºIndicar quem foi atribuido o prémio(acima)

2ºAtribuir o prémio a 7 blogues que considere que até nem são maus blogs

3ºFazer referêcnia ao criador deste prémio (link na imagem)


Não sei se serei justa nas minhas atribuições pois leio vários blogues que me parecem bastante bons e na hora de escolher fico atrapalhada, mas sem querer tirar o prestigio de outros que também acho bons, aqui vai a minha selecção, entregando este prémio a estes blogues e aos seus respectivos criadores, sem ordem de preferência:










Gosto muito de todos estes blogues e penso que merecem mais destaque do que aquele que recebem.


Por isso

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O tempo


Passa por mim com uma voracidade que me assusta, e eu não sou dona dele nem de nada.

Tenho ainda o derretimento das horas que me esqueci de usar como se fossem uma quota dum tempo que passou e não foi descarregado numa escala existente algures.

Passei por ela sôfrega e trago em mim todas as frivolidades que enjeitei num lugar tenebroso e frio, sem história para contar.

E vejo as flores que transformei em pétalas de tempo num lugar presente em outro hemisfério com um prazo que a todo o custo quero resgatar, para voltar a apreender como são consumadas as esperas gratuitas que ainda não reclamei.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Página 161


o desafio da PortuguesaPoesia http://www.portuguesapoesia.blogspot.com/
onde o linho já não fulgura queda a queda, voo
Al Berto
O MEDO
A foto é do Luis Lobo Henriques www.zenfolio.com//lloboh

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Enganos

Não estás mais aqui
Nem eu sei

Se cá estiveste alguma vez.
Estavas sem estar?
Sem eu saber?
Pensava que não estavas

Quando tu aparecias?
Não sei o porquê
E
Hoje é tarde demais
Para tudo
E muito cedo para nada
Curvo-me
E apanho os cacos
Dos enganos
Que se quebraram
Em mil estilhaços

Sem eu te ver ou sentir.



2007/12/18
.

(Foto:Emanuel Oliveira
http://gotadeaguanorosto.deviantart.com/)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Espero II


Espero um dia que me beijes

assim como eu ainda beijo o vento

Espero um dia que me digas:

Preciso de ti!

E nesse dia eu não beijarei o vento...

Porque o vento beijará os meus cabelos...

Espero...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Rota de colisão


As palavras perderam-se….

Hoje estou despida das palavras, dos actos, dos desacertos.

Abandonaram-me à minha mercê, e sem que eu saiba espreitam a minha ganância em querer garatujar o que me devasta a alma dilacerada e esquecida.

Hoje estou abandonada no tempo que não parou, que corre numa cadência desregrada e alienada, e eu não tenho mais palavras que me façam abrandar a minha rota de colisão.

Hoje estou destituída de tudo à espera de mais um motivo para não cair neste marasmo feito, ausência de palavras…
Costa da Caparica 2007/12/13

domingo, 9 de dezembro de 2007

Espero

Espero de pé(!)
Já me perguntei o porque
E o que espero(…)
(mas) E recuso as réplicas
Ou as explicações possíveis
À minha expectativa

Sei que espero de pé(!)
E assim me manterei
Até sentir que perdi
A espera da chegada
E da partida há muito consumada


Espero de pé(,)
Sempre!
Porque sei que já não
Espero coisa nenhuma
Mas…
Assim não me sinto tão perdida
Nesta lentidão….

Fonte da Telha 2007/12/09

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Encruzilhadas

Fui desafiado pelo Nilson Barcelli para me ligar à ENCRUZILHADA: compor um post em prosa/conto ou poesia com o título dos últimos 10 posts, não necessariamente na mesma ordem de publicação, usando outras palavras para dar sentido ao todo.Gostei deste desafio e seleccionei, quatro bloguistas que me pareceram ter um blogue onde podem postar algo que se enquadre neste tipo de desafio.

DESAFIADOS:





Encruzilhadas


Por vezes sinto os olhos cerrados no sonho, mas já há muito tempo que não tenho sonhos. Apenas o pesadelo me persegue e o sono não vem. Agora nunca tenho sono!


São 4 horas da madrugada!

Levanto-me da cama quente e macia. Sem pena nem certezas. Subo as escadas e vou para a biblioteca, dirijo-me à estante e procuro o teu último livro. Deixei-o lá por ordem alfabética e não está onde o coloquei. Nesta casa ninguém quer saber onde arrumam as coisas, nem por que sou tão metódica.

Abro a gaveta da secretária e vejo que está desarrumada, um autêntico caos. Mas também ali não se encontra. Fecho-a, não consigo ver coisas tão desordenadas.
Desço atabalhoadamente as escadas e preparo-me para sair.

Visto-me com o melhor disfarce que encontro no guarda-roupa, um fato de calças e casaco todo preto, como se estivesse de luto. Para contrastar, visto uma blusa branca de malha, e amarro o cabelo com um lenço preto com franjas que me caem sobre os ombros.

Escolho um batom vermelho carregado que sobressai na minha pele clara e coloco rímel bem espesso.

Olho o relógio do quarto. São 4:45 da madrugada.

Saio para a manhã que desponta sem despontar. As ruas estão calmas, sem trânsito, mas conduzo lentamente. Não tenho pressa nem intenção de chegar a lugar nenhum, vagueio apenas, mas quando me dou conta estou defronte do edifício onde trabalho.
Se alguém me vê, ainda pensa que tenho vidas duplas.

Que disparate!

O segurança, ainda sonolento, mas todo solícito, abre a porta e diz meio atrapalhado.

- Bom dia…! Hoje vem cedo! Mas ainda bem, pois tenho uma carta para si que deixaram ontem depois de ter saído.

Olho o homem, que me entrega um sobrescrito branco fechado, e reparo que ele é bonito. Ainda bastante novo, tem o cabelo preto e o olhar parece assustado. Tem olhos de cão de um castanho claro e limpo.

Titubeio um agradecimento toda envergonhada, como se ele estivesse a ler-me os pensamentos.

Quando chego à minha sala de trabalho, abro o sobrescrito. É um convite para uma festa de Natal. Sobre a mesa está o livro que procurei em casa e não encontrei.

Numa folha com o logótipo da empresa, escrevo uma carta de mim para mim a pensar em ti.

Abro o teu último livro.

Fecho!

Sinto frio!

Sinto medo!

Sinto saudades. Tantas saudades tuas

2007/12/06


(Foto:Autor desconhecido)