terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Agradecimento


Mais um ano prestes a terminar .
Gostaria de agradecer a todos pela presença por aqui no meu Maresias.
Gostaria de citar um a um mas, por varias razoes não me é possível.
Sendo assim e desta forma um tanto impessoal agradeço sensibilizada todas as manifestações de carinho de que fui alvo ao longo do ano.
Todos precisamos de todos, e embora seja uma frase feita é para mim uma frase muito verdadeira e pela qual me rejo.
Espero vê-los de volta no próximo ano.

Para todos um Bom Ano de 2015.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

...


Calo-me num silêncio de palavras que prefiro guardar comigo.
Prefiro que seja assim.
Que o meu olhar se perca nos fragmentos de sons e cheiros e que apenas fiquem memórias ténues que o tempo apagou.
Se pudesse, desenhava um beijo e o calor de um abraço.
Porque era uma maneira de dar um pouco de amor a quem não o tem nem neste nem noutro natal.

.
All rights reserved ©Piedade Araújo Sol 2014-12-23

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

arrrumador de sonhos


Arrumou os sonhos nas gavetas mais recônditas,
da mesa, que acreditava ter nos neurónios,
fechou-os, e sabia que eram só sonhos,
esqueceu (fingiu),
que os sonhos não eram seus.
Mas não cogitou que eles mesmo arrumados,
eram livres e rebeldes.
Desprenderam-se da gaveta,
e mergulharam nos lugares vazios, do seu quotidiano,
tornando-o num carrossel de cor e sabores inconfessáveis.
Pobre de si, e de um futuro sem futuro
que era,
ser arrumador de sonhos.

©Piedade Araújo Sol 2014-12-15

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

as mágoas compartilhadas


Espalha,
em meu regaço
parte das tuas mágoas
e sonha marés e outros amores.
Sabes,
 que podes compartilhar
as distâncias
mesmo que elas sejam extensas.
Deixa,
 que eu chore contigo,
mesmo que não vejas as minhas lágrimas,
mesmo que não sintas a mesma dor.
Sabes,
que um dia eu vou roubar um estrela
e mesmo que não seja real
com ela farei um barco.
E,
nesse barco de papel seremos,
marinheiros de sonhos 
e desventuras.


All rights reserved ©Piedade Araújo Sol 2014-12-05

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A procura

Rosie Hardy
Não procures nas noites,
em que o vento faz seu bramido ininterrupto,
e onde o frio enregela o corpo e desfoca a alma,
não será no pardacento da noite que encontrarás.
Não sintas a procura como um fardo,
mas apenas uma rota, e, ou se preferires,
apenas um rumo que espera o viajante,
a trilhar montanhas e vales inóspitos,
sem aconchego e sem beleza.

Algures há sempre algo por descobrir,
e a sua descoberta será a compensação mais bela,
que alguém pode ambicionar.
mesmo que não tenha bússola nem cartas de navegar.

Nas escadas de algum embarcadouro,
ou nas asas de um pássaro que sonhou,
outros mares e outros céus,
tenta descortinar os labirintos,
que te levarão até ao términus.

Por entre todas as tempestades,
e a fúria inevitável das marés,
nos confins dos sonhos rasgados,
e duma realidade inverosímil,
o (sonho) corpo atravessará a noite.

Se não encontrares o que procuras,
perde-te e nunca mais voltes às origens,
geradas pela tua busca..

All rights reserved ©Piedade Araújo Sol 2014-12-02