terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Agradecimento


Mais um ano prestes a findar.
Quero agradecer muito sensibilizada a todos os que ao longo deste ano visitaram o Maresias, mesmo que a bloguesfera esteja muito abandonada em favor de outras redes sociais.
Este espaço já vem desde 2005 e há amigos que me visitem desde essa altura, espero que se mantenha muito mais tempo, enquanto a inspiração prevalecer em mim.
Gostava de referir o nome de todos mas na impossibilidade de o fazer, deixo aqui apenas a minha gratidão.
Muito obrigada a todos.
Feliz Ano de 2016


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Feliz Natal

Atendendo à época natalícia, hoje apenas deixo os meus votos de

Boas Festas e Feliz Natal

para todos os visitantes e amigos que visitem este meu espaço e que gentilmente aqui deixem os seus comentários, e as suas pegadas por vezes discretas e sem repercussão.
Para todos o meu sincero agradecimento.
Bem hajam. 
Um sorriso meu!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

É fácil desenhar um rosto,

Saul Landell
É fácil desenhar um rosto, mas não todos,
há rostos que são versos rimados em silêncios,
e outros labaredas em combustão.
Sorrisos encobertos,
que vagueiam nas pinceladas,
que não ficam na tela.
E que dançam divertidos,
para além do desenho ,
das cores e da tela.
Personagens de filmes  que não vimos,
melodias em  rascunho,
esquecidas na partitura .
Fiapos de tinta escorrendo em sossegos,
que não ousam fixar-se,
restando apenas  numa tela inacabada.

©Piedade Araújo Sol 2015-12-14

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

entra no poema

Saul Landell

Entra no poema despido de rimas e regras,
e sem voz inunda-o de vocábulos,
virgulas, pontos e parágrafos.
Amanha-o e entre pinceladas de magia,
lavra-o como se fosse terra fecunda,
e lança palavras como se fossem sementes.
Rendilha-o, afaga-o secretamente,
e que nenhuma lágrima tenha o sabor do sal,
que sejam apenas pérolas desavindas.
Entre a palavra escrita e os sentires do Poeta,
há uma metamorfose de sonhos envoltos ,
com as cores do arco-íris e os aromas do mar.
E no final o poema está vestido.

©Piedade Araújo Sol 2015-12-07

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Revivescências

-Uma água.
-Um café curto.
Ficamos sentados na esplanada na orla do rio. Eu a fixar o teu rosto, a analisar as suas linhas perfeitas, a esboçar mentalmente, os contornos das tuas mãos, a amar-te, a navegar contigo por todos os países do mundo. O meu passaporte cheio de carimbos. E a minha pele a afoguear-se, sem ser do sol. E a brisa atrofiar-me o corpo, e os sentidos. E eu a olhar-te a desvendar trilhos, dias, tráfegos, momentos. A olhar os teus lábios e lembrar o sabor fresco das romãs acabadas de colher. E tu sentado, calado, sem nunca saíres do local onde estavas.
.
Fragmentos de vida.
.
-Vamos?
-Vamos!
.
E eu a entrelaçar a minha mão na tua.
E eu a andar. A reter mais uma vez na minha retina óptica, as águas do rio.
Eu a andar.
O corpo lasso a não querer despertar.
A não querer pensar.
.
Eu a acordar.
.
E eu a rimar____________rio.
Com ____________frio.

© Piedade Araújo Sol 2015-11-30

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